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sábado, 30 de junho de 2007

Igreja de Sto. António e Capela de S.Francisco -Aveiro: descrição do Monumento (Retirada site da DGMN)





Planta rectangular. Volumes articulados com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas.
Igreja de Santo António de planta longitudinal com nave única e capela-mor de reduzidas dimensões. Fachada dividida com dois registos e coroamento. Piso térreo com nártex aberto em arco abatido enquadrado por sistema de pilastras colossais que dividem os panos verticais e se duplicam nos cunhais. Segundo registo rasgado axialmente por janelão rectangular emoldurado por frontão triangular convexo e, lateralmente, entre as pilastras, por frestas rectangulares lobuladas. Entablamento superior com cornija pronunciada e abertura circular central. Coroamento contracurvado interrompido com edícula central, pináculos laterais e cruz cimeira. As fachadas laterais estão adossados e a cabeceira tem remate triangular simples.
Interior com coro-alto assente em arco abatido, púlpito e capela colateral à Epístola, dois arcos de volta perfeita no lado do Evangelho, um deles dando acesso à capela da Ordem Terceira; arco cruzeiro com cornija pronunciada e sanefa no topo, ladeado por dois altares postos de ângulo.
A capela-mor é decorada com lambril de azulejo e retábulo-mor em talha dourada.
Coberturas em abóbadas de berço.
Igreja da Ordem Terceira de planta rectangular com sistema idêntico. Fachada com simples portal axial, de moldura almofadada, encimado por nicho vazio concheado, decorado por aletas laterais e frontão triangular interrompido inserindo cruz; duas frestas rectangulares igualmente almofadadas e remate triangular com coruchéus laterais monumentais assentes em plintos quadrangulares e cruz com base muito desenvolvida. Divide o corpo da igreja e o da casa do despacho anexo, pilastra rusticada. Interior de reduzidas dimensões, com nave única e capela-mor, decorada por lambril de azulejos azuis e brancos representando as temáticas do "Aparecimento do Menino a Santo António" e da "Pregação dos Peixes" e três retábulos, um deles defronte ao arco que dá acesso à igreja conventual.
Capela-mor com retábulo que se estende pelas paredes laterais.
Coberturas em abóbada de arestas assentes em mísulas, sendo os tramos da nave com tectos pintados. Existência de presépio em terracota.

Descrição Complementar
A Irmandade da Ordem Terceira reuniu na sacristia algumas peças do valioso espólio da igreja e formou um mini-museu de Arte Sacra que inclui um Santo Amaro ( séc. 17 ), um S. Pascoal e um S. Domingos ( séc. 18 ) e cinco santos Mártires ( séc. 18 ), entre outras peças de escultura. Nos anexos da Casa do Despacho existe um sacrário tardo-maneirista e várias pinturas da mesma época.

Utilização Inicial
Cultual e devocional: convento masculino da Ordem de São Francisco - via dos capuchos (Província da Soledade)

Utilização Actual
Cultual: igreja / Judicial

Propriedade
Privada: Igreja Católica

Afectação
Não definido

Época Construção
Séc. 16 / 17 / 18

Arquitecto Construtor Autor
Padre Pantaleão da Rocha de Magalhães ( risco do retábulo-mor ); IMAGINÁRIOS: António Gomes e Domingos Nunes (1679).

Cronologia
1524 - fundação do convento franciscano, mandado edificar por João Nunes, juiz da terra, e sua esposa, Isabel da Costa; 1564 - reedificação do convento, sendo a capela-mor custeada pelo senhor de Angeja, Jorge Moniz, nela sepultado; 1653 - nova reconstrução; 1670 - fundação da Ordem Terceira de São Francisco; 1677 - lançamento da primeira pedra da actual igreja; 1679 - conclusão das obras da capela da Ordem Terceira; Padre Pantaleão da Rocha Magalhães desenha o sacrário e retábulo-mor da Igreja de Santo António; 16 Dezembro - contrato para a feitura de um retábulo e sacrário para a capela-mor, pelos imaginários António Gomes e Domingos Nunes, do Porto; a obra foi paga pelo Conde de Vila Verde, da Casa de Angeja; 1682 - construção da Casa do Despacho; séc. 18 - execução do presépio; 1712 - incêndio na sacristia; 1713 - construção da nova sacristia a mando do bispo de Coimbra, António Vasconcelos de Sousa; 1753 - datação do claustro; 1834 - com a extinção das ordens religiosas, a Igreja de Santo António é concedida à Ordem Terceira, conhecendo a parte conventual múltiplos usos até ser aquartelamento militar; 1999, 14 Out. - despacho do Ministro da Cultura classificando o conjunto como Monumento Nacional;

Tipologia
Arquitectura religiosa, tardo-maneirista. Igreja e capela franciscana capucha de planta rectangular com fachada proto - barroca ( Igreja de São Francisco ). Fachada característica das ordens mendicantes, com nártex em arco abatido, desenvolvido em quase todas as construções da Ordem e por todo o país. Retábulo-mor de estilo joanino ( séc. 18, década de 40 ) e laterais da segunda metade ( São Francisco ). Retábulo-mor do séc. 17, da década de 80, do barroco pedrino. Talha dourada do arco cruzeiro do segundo quartel do séc. 18 e retábulos laterais e tecto pintado dos finais do séc. 18 ( Ordem Terceira ). Azulejarias da oficina coimbrã de Vital Rifarto, do segundo quartel do séc. 18.

Características Particulares
Enquadramento arquitectónico e urbanístico bem preservado. Conjunto arquitectónico simples e despojado, característico dos edifícios franciscanos da reforma, mas de grande riqueza no interior, marcado pela talha e revestimento azulejar. O remate da igreja serviu de modelo para a Capela dos Santos Mártires ( Aveiro ).

Dados Técnicos
Estrutura mista.

Materiais
Alvenaria, pedra de Ançã ( cantarias ), revestimentos de tijolo e estuques, decoração de madeira e cerâmica.

Bibliografia
GONÇALVES, António Nogueira, Inventário Artístico de Portugal. Distrito de Aveiro, VI, Lisboa, 1959, pp. 133 - 138; BASTO, Magalhães, Apontamentos para um dicionário de artistas e artífices que trabalharam no Porto do Séc. XVI ao Séc. XVIII, Porto, 1963, pp. 400 - 401 e 490; FRAZÃO, A. C. Amaral, Novo Dicionário Corográfico de Portugal , Porto, 1981; As mais belas Igrejas de Portugal, vol. I, Lisboa / São Paulo, 1988; ALVES, Natália Marinho Ferreira, De arquitecto a entalhador. Itinerário de um artista nos séculos XVII e XVIII, in Actas do I Congresso Internacional do Barroco, vol. I, Porto, 1991, pp. 355-369; GIL, Júlio, CALVET, Nuno, As mais belas cidades de Portugal, Lisboa, 1995, p. 90; PAIS, Alexandre Manuel Nobre da Silva, Presépios Portugueses Monumentais do século XVIII em Terracota [ dissertação de Mestrado na Universidade Nova de Lisboa ], Lisboa, 1998; ALVES, Alexandre, Artistas e Artífices nas Dioceses de Lamego e Viseu, vol. II, Viseu, 2001
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Nova Direcção toma posse e lança campanha


A nova direcção da ADERAV tomou posse na 6ª feira 29 de Junho, numa sessão realizada em plena capela da ordem terceira de S.Francisco e igreja de Sto António.
A direcção, presidida por Luis Souto, inicia assim o seu mandato chamando a atenção para o estado de degradação do monumento nacional.
Bem Vindos
A ADERAV, Associação para o Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural, com sede em Aveiro, inicia este novo espaço de comunicação.
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